O articulista Osvaldo Batista, em seu artigo “O construtor e o destruidor”, publicado na editoria Economia do DM, na edição do dia 12, deixa evidente um saudosismo inexorável, acompanhado de algumas declarações que gostaria de contrapor.
Diferentemente do que disse o fiscal aposentado, que assumiu em artigos anteriores que não possui vínculo político e não é filiado a nenhum partido, mas que já enalteceu Iris Rezende e o PMDB, deixando claro sua verve oposicionista; eu sou partidário de Marconi Perillo, pois o conheço há mais de 30 anos, e vivencio a transformação econômica que Goiás tem experimentado em suas administrações, cujos índices do PIB, IDH, Ideb, entre outros, falam por si.
Concordo quando afirma do empreendedorismo e planejamento do governo de Mauro Borges, e que Marconi Perillo o tem como um exemplo de governante. Mas é preciso lembrá-lo que, passados mais de 50 anos, muitas coisas mudaram, evoluíram e que necessitaram de um novo reordenamento administrativo.
Vejo nas palavras do aposentado do Fisco, senhor Osvaldo Batista, uma dosagem excessiva de oposição, que se perde não só no tempo de sua memória mas, também, na sensatez de suas colocações.
Dos chamados órgãos estruturais implantados no governo de Mauro Borges, apontados pelo senhor Osvaldo, é preciso que ele se informe mais em quem pôs fim aos mesmos, especialmente, a Usina de Cachoeira Dourada. Se existiram liquidações de alguns deles no governo Marconi, foi pelo fato de tê-los encontrado totalmente desmantelados, sem estrutura e falidos.
Sobre a Saneago, nenhum governante investiu tanto em saneamento quanto Marconi Perillo. Em seus governos, as Estações de Tratamento de Esgoto passaram de 12 para 82. A construção do Complexo João Leite, em Goiânia, oferece-nos um manancial de abastecimento público que proverá a região metropolitana de água tratada até 2041. O Sistema Produtor de Corumbá IV fornecerá água a vários municípios de Goiás e do Distrito Federal.
O Ipasgo recebeu ações de governo de Marconi que resultaram em seu saneamento, modernizando-o, pois ao longo dos anos sofríamos com o excessivo aumento de dependentes e sucateamento de sua estrutura, ocasionando inúmeros prejuízos ao Instituto. Por isso, foi necessária uma readequação da alíquota de contribuição, para sua subsistência. Caso os percentuais apresentados pelo articulista sejam ilegais, cabe a ele, como contribuinte, valer-se de seus direitos legais para impedi-lo.
Ainda sobre saúde, com total desconhecimento de causa, fala nosso comentarista político das Organizações Sociais (OS), cujos índices de aprovação popular estão acima de 90%, segundo pesquisa Serpes. É preciso informá-lo que este novo modelo de gestão não inibe a participação de nenhum profissional – muito pelo contrário, valoriza-os. Nem tampouco desqualifica a capacidade administrativa do Estado, mas eleva-o. As Organizações Sociais possibilitaram que a rede pública estadual de saúde saísse do terrível processo da burocratização, enquanto, inegavelmente, inova, moderniza e oferece resultados positivos.
Seria interessante o articulista ir conhecer de perto o Crer, Hugo e HGG. O Hospital de Urgência de Goiânia (Hugo) tem servido de referência nacional. Teve, em novembro passado, o reconhecimento público do presidente do Hospital Albert Einstein, Dr. Cláudio Lottenberg, quando de sua visita ao hospital. O Estado da Paraíba já possui três hospitais conduzidos pelo mesmo Instituto que comanda o Hugo.
Se existe erro nas contratações das OS, leve suas desconfianças como cidadão e ex-fiscal do Estado, senhor Osvaldo, ao TCE, ao Ministério Público, ao Conselho Estadual de Saúde, à Controladoria Geral do Estado, à Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos (AGR) e à Assembleia Legislativa, órgãos fiscalizadores das mesmas. Quem sabe assim, consiga sair do mero campo da subjetividade para a constatação do que realmente é melhor para o Estado.
Fala da questão da violência como se fosse um problema somente do Estado de Goiás. A questão levantada, sobre a contratação dos policiais do Serviço de Interesse Militar Voluntário Estadual (Simve), já teve liminar cassada pelo Tribunal de Justiça (TJ), onde questionaram sua legitimidade. Mais policiais nas ruas é o que interessa a população. Não creio que os policiais temporários sejam despreparados, pois são reservistas que tiveram treinamento ostensivo nas Forças Armadas – portanto, estão aptos a exercer essas funções. Se os custos de suas contratações são menores ao erário, com a mesma qualidade de serviço prestado, ponto para o Estado.
Deixa transparecer, de forma leviana, a existência de superfaturamento de contratos de empresas na Agetop, realização de obras sem embasamento legal, malversação do dinheiro público. Interessante o seu tempo para analisar contratos do governo Marconi! Causa-me curiosidade em saber o por que de tamanho zelo pelas contas de seu desafeto. Alguma motivação deve ter. Independentemente de onde vem esta predisposição ou mando, julgo-a benéfica. Continue sempre fiscalizando, mas tenha o mínimo de decência em apresentar suas argumentações com consistência, pois elas, até então, são meramente subjetivas.
Querer atribuir a responsabilidade da paralisação do Centro de Excelência do Esporte (que engloba o antigo Estádio Olímpico) ao governo de Marconi Perillo é outra grande leviandade. A responsabilidade daquela obra era, na época, do governo federal, que arcaria com 80% dos custos. Ao sair do governo em 31 de março de 2006, Marconi deixou dinheiro em caixa para a continuidade da construção. O dinheiro federal não veio. Nada foi feito. Mas seria interessante o senhor também dar uma passadinha pela Avenida Paranaíba, para ver o andamento das obras.
Quanto ao Centro Cultural Oscar Niemeyer, a melhor forma de contradizer as suas declarações desconexas e maldosas é sugerir que vá conhecê-lo. Lá, poderá percorrer seus espaços, visitar suas exposições, e quem sabe, fazer novo juízo deste importantíssimo e necessário espaço da cultura goiana.
Para o senhor ter uma ideia, somente nesta atual administração de Marconi, por lá já passaram mais de 300 mil pessoas para visitas em suas diversas exposições: Festivais de Música; Feiras; Eventos Empresariais; Shows realizados no Palácio da Música Belkiss Spenzièri, apresentações da Orquestra Filarmônica de Goiás (OFG); Cursos, oficinas e palestras do grupo de Teatro do CCON GladiAtores; Projeto Música no Ar; Balada Literária; Projeto CCONhecer; Espaço recreativo na Esplanada JK para a patinação, skate, aeromodelismo, ciclismo e muitas outras.
Supondo que o senhor seja um profundo conhecedor de números, gostaria de informá-lo que o Centro Cultural Oscar Niemeyer ainda gera receitas que, por Termo de Autorização de Uso (TAU) para produções de shows e eventos empresariais, foram recolhidas aos cofres públicos, um montante de R$ 694.084,64. Em contrapartida, os recursos do Estado para a Manutenção de programas do Centro e da Orquestra Filarmônica de Goiás foram de R$ 681.600,00. Procure o departamento financeiro do CCON, que terá grande satisfação em atendê-lo.
Se o nobre articulista considera este Centro de Excelência da Cultura de Goiás como um “local aonde ninguém vai”, passe a ir lá, senhor Osvaldo! Nesta sexta-feira, dia 14, ocorreu a 12ª. edição do Café de Ideias, com palestra do psicanalista Jorge Forbes, cujo tema é: “Psicanálise do Século XXI, como viver na globalização”. Tema bastante sugestivo para muitos! Esclarecimentos dados e convite formulado, aguardo-o. Fique bem, senhor Osvaldo!
fonte: http://www.dm.com.br/texto/169617-o-saudosismo-e-a-incoerancia
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