"Há 15 anos, aquilo que parecia ser uma ousadia um pouco louca, dado que se tratava de realizar um festival de música fora dos grandes centros, numa zona que à data estava condicionada pelos acessos, quando demos por ela, o FIS era já uma referência na zona transfronteiriça do Norte de Portugal e Castela no que respeita à música folk", disse hoje à agência Lusa o diretor do festival, Mário Carreia.
O FIS começa na sexta-feira em Miranda do Douro e termina no domingo em Sendim, uma vila do mesmo concelho.
Na opinião dos mentores da iniciativa, apesar de alguns condicionalismos geográficos e de infraestruturas e outros equipamentos, o FIS é o exemplo de uma loucura muito saudável por terras transmontanas.
"As pessoas vieram, as pessoas acreditaram e fidelizaram-se ao festival, e vêm desfrutar da terra, da paisagem, da cultura, da gastronomia ou do espirito de aventura", acrescentou.
Quando se estava no ano de 2000, altura em que se arrancou com o festival, a organização do FIS reconhece, que este tipo de iniciativa não era "muito comum" por estes territórios, " agora há vários tipos de iniciativas viradas para música folk e tradicional que acontecem um pouco por toda a região.
"O que é certo, é que Sendim surge à cabeça dessa tendência e as pessoas fidelizaram-se ao festival", remata Mário Correia.
Pelo FIS já passaram nomes sonantes da folk como os Altan, Kepa Junkera, Hevia, Oysterband, Milhadoiro, Né Ladeiras, Brigada Vitor Jara, Galandum Galundaina, entre outros.
O Largo D. João III, em Miranda do Douro, acolhe pela primeira vez a abertura do festival (sexta-feira) com as atuações dos escoceses Calum Stewart & Heikki Bourgault e dos portugueses Ginga.
Já no segundo dia, e de regresso a Sendim, os castelhanos Celtas Cortos marcarão presença no festival, sendo que a formação era aguardada há alguns anos na festa da folk ibérica.
Passarão ainda pelo Palco das Eiras (Sendim) - nos únicos concertos com entradas pagas - os escoceses Calum Stewart & Heikki Bourgault, bem como os cantábricos Cahórnega e a tão "surpreendente como inovadora Banda de Gaites El Trasno", proveniente das Astúrias.
Para além da música haverá uma série de atividades paralelas que preencherão os " tempos mais mortos do festival e que vão desde a apresentação de livros até à evocação de antigos gaiteiros.
Dada a sua "vitalidade " o FIS vai integrar uma rede europeia de festivais dedicados à música de raiz folk e tradicional que engloba seis países composta por festivais que acontecem em Portugal, Espanha, França, Itália, Irlanda e Inglaterra que vai integrar de forma experimental este novo conceito.
A 15ª edição do FIS, organizada pela Sons da Terra e com apoios institucionais da Câmara de Miranda do Douro, Junta de Freguesia de Sendim e Governo do Principado das Astúrias.
fonte: http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=756175&tm=4&layout=121&visual=49
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